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segunda-feira, 30 de maio de 2016


Peixes da foz do Rio Doce estão contaminados, conclui ICMBio


Caroliny Nogueira
30/05/2016

Uma análise feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) concluiu que espécies de peixes e camarões coletados na foz do Rio Doce estão com níveis de metais acima do estabelecido pela legislação ambiental. A água do mar coletada antes e durante a chegada da lama proveniente do rompimento da barragem da Samarco, cujos donos são a Vale e a BHP, também revelou um aumento na concentração dos mesmos metais.
O monitoramento foi realizado pelo navio de pesquisa Soloncy Moura. Na expedição, foram coletadas amostras da água, sedimento e de organismos vivos. Os peixes analisados foram: roncador, linguado e peroá. Além dos metais como metais como chumbo, cádmio e manganês, os pesquisadores também encontraram níveis elevados de arsênio. De acordo com o estudo, existe o risco de eventual contaminação humana pelo consumo do pescado.
A análise foi realizada pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em conjunto com a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Proibição da pesca
Diante dos resultados, o ICMBio e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recomendaram que a pesca na região da foz do Rio Doce continue sendo proibida.
A pesca está proibida na região da Foz do Rio Doce desde o dia 19 de fevereiro. No dia 31 de março, o ICMBio já havia recomendado que a pesca no Rio Doce continuasse interrompida por prazo indeterminado, em função da presença de elevados níveis de contaminação por metais tóxicos nos peixes e crustáceos da região.
Em abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização e armazenamento de pescado nessa região.
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