Publisher: 22575973 ~ FALANDO DE PESCARIAS:
http://compre.vc/v2/44c09192f

sábado, 21 de junho de 2014

De dentro do mato

Conheça uma técnica excepcional para pescar as traíras que ficam literalmente na vegetação

Texto e fotos César Pansera

Com as fortes chuvas do verão a água invade áreas de baixios e alguns pontos ficam repletos de vegetação. Quanto maior o nível da água, mais áreas com plantas aparecem. Somando-se a isso as altas temperaturas, cria-se um ambiente propício para capturar os peixes que migram para as regiões mais rasas do lago – perto da superfície!

A princípio, quanto mais cheia a represa, maiores são as chances de eles ficarem espalhados, o que dificulta a pescaria. Entretanto, dependendo da espécie, a concentração pode ocorrer em locais que até então estavam secos, é o caso da traíra. Capturá-la em tais condições é um desafio divertido e os ataques são inacreditáveis.

Mato adentro
Devido ao tipo de estrutura em que elas se encontram, é necessário utilizar iscas que passem, sem problema algum, pela vegetação. É preciso conduzir o barco no meio do capinzal para chegar aos melhores pontos, os fundos das grotas. Levantar o motor elétrico e retirar as plantas da hélice exige um pouco de esforço, mas sem dúvida é recompensador.

Debaixo das plantas, a traíra não se intimida com a presença da embarcação. Além disso, nos horários de sol mais intenso, ela procura estruturas com menos luminosidade no lago. Por isso, locais com essas características podem ser perfeitos.

Quando o peixe é fisgado, é preciso rebocá-lo por cima do capim. Essa é a única maneira de trazê-lo até o barco. Porém, mesmo com equipamento reforçado, alguns peixes não dão a mínima. Batem na isca e afundam rapidamente, enroscando-se no meio das plantas e cortam a linha, sem dar chance alguma.

Solução soft
As imitações de sapos, feitas de borracha ou silicone, são as melhores opções para esta pescaria. Alguns modelos possuem dispositivo antienrosco (weedless) de arame acoplado ao anzol. Em outros, o próprio corpo da isca quando iscado ao anzol faz essa função.

E como trabalhá-las? Os sapos, quando recolhidos continuamente, produzem um deslocamento parecido com o dos buzzbaits, porém mais sutil. O movimento de suas pernas causa um pequeno turbilhão, que é percebido pelos predadores de longe.

Toques sutis de ponta de vara intercalados com pausas também são muito eficientes, principalmente em locais mais fechados.

É importante ter uma boa gama de cores. Dependendo do dia, os peixes preferem as mais claras; em outros, iscas totalmente pretas ou de cores mais berrantes, como amarelo e verde-limão

Para consertar e fechar os furos e rasgos das iscas que foram danificadas pelas mordidas dos lobós, utilize um isqueiro. Passe a chama rapidamente algumas vezes sobre a superfície atingida, com isso, o material derrete e se funde.

Outro ponto positivo dos modelos de iscas que não enroscam facilmente é sua utilização na pesca desembarcada. Como esse tipo de isca passa com facilidade por todos os obstáculos, o pinchador de barranco tem mais segurança a cada arremesso e poderá explorar um território maior.

Além das traíras, estas iscas podem ser boas opções para tucunarés que estão em estruturas fechadas, como algas e densas pauleiras, e, é claro, para o qual foram inicialmente desenvolvidas, o black bass.

Enquanto o nível de lagos e reservatórios não baixar e eles estiverem com vegetação dentro da água, a ocorrência de bons ataques com as técnicas descritas é quase certa, vale a pena experimentar. Que venha a chuva!
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial